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Paulo Coelho
Um rabino reuniu seus alunos, e perguntou:
- Como é que sabemos o exato momento em que a noite acaba e o dia começa?
- Quando, à distância, somos capazes de distinguir uma ovelha de um cachorro – disse um menino.
O rabino não ficou contente com a resposta.
- Na verdade – disse outro aluno -sabemos que já é dia quando podemos distinguir, à distância, uma oliveira de uma figueira.
- Não é uma boa definição.
- Qual a resposta, então? – perguntaram os garotos.
E o rabino disse:
- Quando um estrangeiro se aproxima, e nós o confundimos com o nosso irmão, este é o momento em que a noite acabou e o dia começa.
- Como é que sabemos o exato momento em que a noite acaba e o dia começa?
- Quando, à distância, somos capazes de distinguir uma ovelha de um cachorro – disse um menino.
O rabino não ficou contente com a resposta.
- Na verdade – disse outro aluno -sabemos que já é dia quando podemos distinguir, à distância, uma oliveira de uma figueira.
- Não é uma boa definição.
- Qual a resposta, então? – perguntaram os garotos.
E o rabino disse:
- Quando um estrangeiro se aproxima, e nós o confundimos com o nosso irmão, este é o momento em que a noite acabou e o dia começa.
(COELHO, Paulo. Ser como o rio que flui. Rio de Janeiro: Agir, 2009)
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